domingo, 28 de novembro de 2010

Soledade Tchê

Fui até o Parque de Exposições Centenário para visitar o Soledade Tchê. Fiquei muito triste com o pequeno público lá presente. Aliás, acho que os soledadense se queixam que a cidade não oferece atrativos, mas não prestigiam os eventos que aqui se realizam. Foi assim com a Regional do Enart e com outras promoções. Temos que saber que esses eventos não são só sinônimo de vendas e de gastos. A exposição de carros antigos, por exemplo,  era grátis e continha muita cultura e história.
Mas o que muito me desolou, foi saber que expositores que vieram de longe fazer seu trabalho foram agredidos, indo parar na delegacia de polícia. Isto recomenda muito mal a cidade e principalmente o evento cujos promotores vem fazendo um grande esforço para que seja consolidado.
L-a-m-e-n-t-á-v-e-l. Assim, Soledade vai voltar à antiga fama de terra das brigas, das desavenças e outros títulos que achamos que tinha ficado no século passado.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Abandono

Ah! Quanto abandono do meu pobre blog! Quase um mês sem escrever...
Mas enfim, volto por uma boa causa e para falar de outro abandono.
No último sábado aconteceu uma visita promovida pela Academia Soledadense de Letras a um local histórico de nosso município: a antiga fazenda da família Borges, nas proximidades da cidade de Soledade.
Segundo pesquisas do meu amigo, Mestre e Arquiteto Nery Auler da Silva, essa casa foi uma das primeiras construções da região do Alto da Serra do Botucaraí. Seu estado de deterioração motivou o movimento liderado pelo Nery e abraçado pela Academia.
Motivada por isso, também tento dar minha contribuição.

A Casa

Na canhada tranquila, outrora risonha,
a Casa soluça, pedindo socorro.
Sua alma chorosa, infeliz vagueia
nas sombras tristonhas do entardecer,
dançando nas luzes de um suave balé.
E só o tênue equilíbrio entre viver ou morrer
ainda permite que esteja de pé.

Sua alma gravada nas paredes rotas
é marca do tempo e do espaço secular,
lamenta os perdidos suspiros de amor,
abafa os sentidos gemidos de dor.
Espicha o olhar buscando o passado
de tempos de guerras, de paz, de quimeras
que tentam, em vão, não serem esquecidos.

A Casa presente é rastro fugaz
de uma escrita que o tempo não registrou.
Raiz ainda viva de uma história distante,
de homens tropeiros de almas e vidas,
que marcaram aqui a sua verdade
e ao longo dos anos de idas e vindas,
foram construindo nossa Soledade.


Para refletirmos sobre a "morte" das casas da nossa cidade.